domingo, 18 de outubro de 2009

No Terceiro Rugido do Leão

Baseada no romance infantil de L. Frank Baum, escrito no fim do século XIX, O Mágico de Oz é um clássico eterno e um dos grandes contos de fada do cinema. Sua popularidade foi impulsionada na década de 50 por conta de suas exibições natalinas na telivisão americana, o que tornou o filme um dos mais queridos de todos os tempos. Dirigido por Victor Fleming, o filme de 1939 conta a estória de Dorothy Gale, interpretada pela atriz Judy Garland (com os seios presos numa cinta para parecer mais jovem), que junto com seu cão Totó é arrancada do Kansas (em tons sépia) por um tornado e vai para a terra de Oz (representada nas cores vibrantes do tecnocolor). Dorothy então segue pela Estrada de Tijolos Amarelos em direção a cidade esmeralda, para encontrar o Mágico de Oz e pedir que ele mostre o caminho de volta para o Kansas. No caminho juntam-se a Dorothy, o Espantalho, o Homem de Lata e o Leão.

O Mágico de Oz, filme da MGM de 1939.

Dark Side of the Moon (o lado sombrio da lua) é um álbum conceitual de 1973 da banda inglessa Pink Floyd, que fala sobre pressões da vida, como tempo, guerra, dinheiro, loucura e morte. É considerado por muitos críticos como sendo a obra prima da banda. O álbum foi um marco do rock progressivo e psicodélico, sendo o nono disco mais vendido de todos os tempos.

Capa do disco Dark Side of the Moon do Pink Floyd.

Em agosto de 1995, um jornal em Fort Wayne, indiana, publicou um artigo sobre um efeito surprendente relacionado ao álbum de 1973 do Pink Floyd, e o filme de 1939, O Mágico de Oz. O efeito ficou conhecido como Dark Side of the Rainbow (o lado sombrio do arco-íris), e consiste numa sincronia entre os dois. Quando o filme começa, e o Leão da Metro-Gold-Mayer dar o seu terceiro rugido, e neste momento dar-se play no disco, uma mágica acontece! O efeito reside no fato de que há diversos momentos em que uma obra corresponde a outra, seja por parte das letras das músicas ou pela sincronia áudio-visual. A própria capa de Dark Side of the Moon que traz um prisma com um feixe branco e outro multicolorido saindo de suas extremidades, seria referência a mudança de cor do sépia do Kansas para o colorido de Oz.

Os membros do Pink Floyd repedidamente insistem que o fenômeno é pura coincidência. Numa entrevista em 1998, o guitarrista e vocalista David Gilmour negou que o disco foi feito intencionalmente para ser sincronizado com Oz, diznedo que "algum cara com muito tempo livre teve esta ideia de combinar O Mágico de Oz com Dark Side of the Moon".

Intencional ou não o fenómeno Dark Side of the Rainbow se tornou um cult psicodelico e merece ser apreciado.

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