sábado, 18 de dezembro de 2010

Órgão masturbador apolítico ou a ditadura do cacete

"Pênis... Símbolo do pensamento masculino... O poder macho que comanda o mundo... Que controla as sociedades, que produz a discórdia... As guerras, o terror, a fome."

"O que poderá salvar a humanidade do poder opressivo do pênis? As vaginas, claro! Se a política fosse controlada por elas, não haveria tantas guerras, fome... Bem! Se não haveria não sei, mas que seria excitante, isso seria." Texto retirado de charges de Angeli.

O pênis se tornou um órgão apolítico. De fato, sexo não tem mais nada a ver com política, a não ser claro o fato de que nossos deputados e senadores nos fodem a toda hora, mas não quero entrar neste assunto, tenho muito medo de falar mal dos chamados políticos, pois se torna uma certa crítica ao sistema democrático que tantos lutaram e morreram, embora acredite que este sistema como está não funcione. Não se assuste leitor, não estou defendendo uma ditadura, muito pelo contrario, acredito na democracia, mas não aos moldes da democracia brasileira, com verbas de campanha correndo soltas, empresas financiando políticos. E quem será que estes privilegiam depois?

Mas enfim, para quem disse que não iria entrar neste assunto entrou no assunto demais. O texto aqui tem outra prioridade, discorrer sobre a relação sexo e política. Vejo uma relação dentre estes muito grande nos anos 60, anos de revolução de costumes, o sexo era forma de protesto, faça amor não faça guerra diziam os que eram contra a guerra do Vietnã. Anos do movimento hippie, de sexo, das drogas, do rock n' roll. Tudo era protesto, contra os costumes de uma sociedade com ideias ainda medievais.

Fazia-se sexo apolítico sim, mais existia sexo por questões políticas, sexo com quem tinha ideais parecidos. A camarada lutando numa trincheira improvisada nas ruas de Paris em maio de 68, fazia-se amor aos sons dos molotovis sendo jogados sobre a cavalaria francesa ou sobre os tanques russos na primavera de praga.

O sexo era uma forma de enfrentar aquela sociedade arcaica. Mas e hoje? Qual a ligação sexo e política? Fascistas comento comunistas e comunistas comendo fascistas. Liberais comendo nacionalistas e nacionalistas comendo liberais. Hoje, todo mundo come todo mundo. Convicções políticas são coisas do passado. A unica relação sexo e política de hoje é o pobre sendo fodido o tempo todo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Questões sobrenaturais

Me tornei cético a ponto e não acreditar mais em mim. Quer dizer, as vezes acredito, pois se não acredita-se me tornaria dogmático quanto a isso. Não acreditar em nada pode ser o pior dos dogmas. Mas de certa forma não acredito em muita coisa. Não acredito na realidade, em zumbis, na mídia e realmente não acredito em mim... As vezes.

Todo mundo tem um caso sobrenatural pra contar. Eu não tinha nenhum até a pouco tempo atrás, quando vi um fantasma pulando em cima da minha cama; tirando é claro, o fato de que se pode falar em um fantasma de uma pessoa que não havia morrido, e embora ela não estivesse com seu corpo presente, estava de certa forma algo que as pessoas chamam de alma. Falei com algumas pessoas e elas me falaram em projeção astral, mas não me interessei muito no assunto.

Acho que aquela aparição foi um sonho muito real, onde o espaço transcorrido no sonho e na realidade era o mesmo, no caso minha cama. Isso com certeza faz o sonho ficar muito real. Outro fato que desmente o sinistro é que eu estava realmente muito bêbado naquela noite, o que me faz acreditar se tratar de uma alucinação.

Outro acontecimento curioso que ocorreu foi um corte que apareceu na minha barriga e que me deixou assustado. Acordei certa manhã e fui tomar banho, lá reparei o corte e pensei: Como fiz isso? Minha primeira ideia foi que na noite anterior teriam retirado um de meus rins (estava bêbado está noite também), mas descartei a ideia pois não acordei em uma banheira com gelo.

Outra ideia que ocorreu (na verdade sugeriram), é que o corte havia sido provocado por um Alien, que estaria agora crescendo como um simbionte no meu corpo, esperando o momento em que se tornara forte o suficiente para estourar minha barriga e procurar um próximo hospedeiro para suas crias. Até agora ele não saiu, e espero que eu esteja errado quanto o Alien.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A casa ainda esta de pé!

"Existe uma teoria que diz que, se um dia alguém descobrir exatamente para que serve o Universo e por que ele está aqui, ele desaparecerá instantaneamente e será substituído por algo ainda mais estranho e inexplicável. (...) Existe uma segunda teoria que diz que isso já aconteceu."

Introdução do livro "O Restaurante no fim do Universo" de Douglas Adams.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Introdução: "Por Que Curta-Metragem"

Ultimamente tenho lido bastante textos sobre cinema (futuramente pretendo escrever alguma lista de filme que merecem ser vistos). Vou reproduzir aqui a introdução do texto "Por Que Curta-Metragem?" escrito por Giba de Assis Brasil. O texto trata do patrão das durações dos filmes, desde do começo do cinema até os dias de hoje. Mas a parte que achei genial é justamente o de como estes patrões de tamanho sobrevivem através da história.

"Algum tempo atrás, circulou pela Internet um pequeno artigo de autor desconhecido que partia de uma indagação curiosa: por que a bitola padrão das ferrovias dos Estados Unidos é exatamente quatro pés, oito polegadas e meia? Segundo o autor do texto, esta era a bitola das ferrovias inglesas, e chegou aos Estados Unidos através dos seus colonizadores, os ingleses. E este era o padrão na Inglaterra porque, antes mesmo de existirem ferrovias, as estradas inglesas para veículos de tração animal eram construídas com sulcos desta exata largura. Bom, mas e por que as estradas inglesas eram assim? Porque este era o padrão das estradas romanas, na época em que todos os caminhos levavam a Roma, e todos os caminhos tinham sulcos escavados a quatro pés, oito polegadas e meia. Por quê? Porque os romanos movimentavam as suas tropas e os seus produtos através de bigas, que eram veículos conduzidos por uma parelha de cavalos, e, enfim, esta era exatamente a largura média de duas bundas de cavalos romanos.

O artigo terminava fazendo uma observação ainda mais curiosa: recentemente, quando engenheiros norte-americanos desenvolveram tanques de combustível sólido para os seus ônibus espaciais, eles a princípio tinham desenhado estes tanques um pouco mais largos do que eles terminaram sendo. Isso porque, para serem transportados de Utah, onde foram construídos, até a Florida, onde seriam usados, os tais tanques deveriam passar por túneis em estradas de ferro, os quais, é claro, tendo sido dimensionados de acordo com a bitola das ferrovias, não permitiriam a passagem de nada que tivesse mais de quatro pés, oito polegadas e meia. Ou seja: no fim das contas, o veículo de transporte mais moderno já desenvolvido pela humanidade teve que se adequar ao padrão determinado pelas bundas de cavalo do Império Romano.

Ora, todos estes padrões, bitolas e normas nunca são totalmente arbitrários, mas muitas vezes terminam durando muito mais do que as circunstâncias históricas em que eles foram criados. Então, sempre que a gente se perguntar por que as camisas têm seis botões, ou por que os meses têm trinta dias, ou mesmo por que os curta-metragens têm quinze minutos, na verdade o que a gente está fazendo é procurar a bunda de cavalo por trás do número."

http://www.casacinepoa.com.br/as-conex%C3%B5es/textos-sobre-cinema/por-que-curta-metragem

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Projeto Caos


Como estou com muita preguiça de escrever ultimamente e sem muitas ideias, sendo que não quero entrar em criticas a modinhas adolescente, vou apenas reproduzir aqui um trecho do Projeto Caos do Clube da Luta.

O Projeto Caos consiste em duas fases. Na primeira, há uma conscientização e uma mudança individual. Cada pessoa deve perceber que está vivendo de modo errado. Estão infelizes, e desperdiçando essa chance única, que é a vida, atrás de coisas supérfluas. Elas se preocupam em estar bem perante os outros, e acabam por esquecer de ficar bem perante si próprio. Você está livre para sair do Projeto Caos quando quiser. A escolha é sua. Mas ao sair você prova que é igual a todos, e que não tem vontade de viver. Não tem vontade de mudar tudo. Aceita o mundo em que vive. Aceita seus móveis importados. Aceita sua arte inteligente. Aceita a corrida em busca de um corpo perfeito, e prova que não tem personalidade. Não tem cérebro. É a única bosta que canta e dança no mundo. O CAOS simboliza a mudança, a revolução.

As coisas que nos pertencem acabam tomando conta de nós. Só depois de perder tudo é que ficamos livres para fazer qualquer coisa.

"Aprenda a viver, descanse quando morrer. Tudo que você precisa está dentro de você."
A diferença entre o Projeto Caos e o Clube da Luta, é que o primeiro tem como objetivo uma "revolução" coletiva, melhorar a civilização, o mundo. Já o Clube da Luta, é restrido à algumas pessoas. E é aí que está o início de tudo. As regras 1 e 2 do Clube da Luta foram sendo quebradas, fazendo com que o número de adeptos do Clube fosse aumentando cada vez mais. E esse foi um dos motivos que resultaram no Projeto Caos: um exército de homens que tem como propósito estabelecer uma sociedade igualitária, direitos e condições iguais para todos. E além e através disso, indivíduos mais felizes e em harmonia com a vida, que, para isso, estão dispostos à fazer qualquer coisa...

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O Medo


"O Grito", pintura de Edvard Munch.

[Medo; apreenção do espírito; receio; temor] O MEDO. Todo mundo o tem... Todo mundo já o enfrentou... O medo é fascinante... O medo é estimulante.

Quem nunca teve medo do escuro quando era criança... Ou olhou em baixo da cama para ver se não havia um monstro ou algo mais aterrador... Quem nunca fechou os olhos (ou os ouvidos) em um filme de terror.

Acontece que existem medos pessoais. Coisas que apavoram muito mais a nós do que a outras pessoas. Tenho um amigo, por exemplo, que tem medo de alienígenas. Outro que tinha medo de musgo. E ouro ainda que tem medo de laxantes de atração previsível (?).

É difícil falar (ou escrever) de nosso medos, isto revela nossas fraquezas, mas mesmo assim vou revelar meus medos. Claro que não preciso escrever sobre os medos óbvios. Há situações que o medo é inerente, como por exemplo, quando há um leão, urso ou qualquer animal de grande porte (não havendo nenhuma grade entre você e ele) perigoso (e faminto) em sua frente, a condição é o medo.

Meu medo irracional são rãs, sapos e afins (por favor, sem malícia). Até onde eu sei, estes animais não representam nenhum perigo, mas meu inconsciente não acha isso. Para ele, rãs são monstros devoradores de cérebros, que ficam ali parados esperando o momento para agir e pular em nossa cabeça. Acho que tenho medo por serem pegajosos, grotescos, asquerosos (...) E não é simples nojo, é medo.

Outro medo, talvez mais irracional ainda (ou não) são zumbis... Eu sei, eu sei leitor. Zumbis não existem. Mas isso não significa que não posso ter medo. As pessoas temem a Deus sem o ver, por que eu não posso ter medo de zumbis, sendo que eu os via em Resident Evil do PlayStadium.

A ainda o medo de ornitorrincos (?) e do Marlyn Manson. O primeiro por representar um bicho que nunca vi pessoalmente (apenas em fotos), mas sei que existe, e é super estranho. Um ser que seria difícil de acreditar que existe se só falassem-me de sua existencia (as pessoas mentem muito). Será que as pessoas acreditavam em ornitorrincos antes de existir fotografia? (por favor, sem aquela piadinha: "Acho que não, eles mentem muito."). Bem, eu tenho medo de ornitorrincos. Pronto.

O medo do Marlyn Manson é mais ou menos igual ao de ornitorrincos. Nunca vi pessoalmente (apenas em fotos), mas sei que existe, e é super estranho (que preconceito meu! O que é normal?). Um ser que seria difícil de acreditar que existe se só falassem-me de sua existência. Mas diferente do que ocorre com ornitorrincos, eu não tenho medo da figura Marlyn Manson, mas sim de seus vídeos clipes, de suas músicas, e de tudo que permeia a sua figura (menos da Dita Von Teese).

Acho que é bom sentir medo às vezes, gosto dos clipes do Marlyn Manson, e também gosto de Resident Evil. Agora ornitorricos. Nem pensar!

E você leitor. Qual é o seu medo?

domingo, 27 de junho de 2010

42

A resposta para a vida o universo e tudo mais = 42 (se não acredita, digita no google).

Esta é a resposta, agora só falta descobrir a pergunta certa.

domingo, 20 de junho de 2010

Deluxe


Vendo alguns jogos da copa me lembrei de quando jogava International Superstar Soccer no Super Nes. Como aquela época era bonita. O Brasil tinha a melhor seleção de futebol, com da Silva no gol; Ferreira, Vincento, Paco e Cicero fazendo uma linha de quatro que desarticulava o ataque adversario; no meio tinhamos Roca, Santos, Pardilla e Beranco (grande armador); e no ataque,dois jogadores que causavam medo a defesa inimiga, Gomez e Allejo, acho que nunca ficaram sem marcar gol em uma partida. Seleção imbatível.

A Argentina também não tinha um time ruim. Destaque para Fuerte no ataque e o grande Redonda na armação. Lembro como era lindo pegar a bola no meio de campo, correr em diagonal e chutar. Golaço! No ângulo! Gols que não acontecem mais hoje em dia.

Na grande azzurra, Pagani de goleiro e Premoli, o grande duce da zaga italiana. No meio de campo, os craques eram Desimone e Galfano, este último porém não era bom cobrador de penalti. E no ataque, ah, como não lembrar o maior ataque que a Itália já teve, Carboni e Coliuto. Simplesmente inesquecível.

Outros times merecem destaque, como a Colômbia do goleiro Heffez , e do meio campo Murillo.

O futebol era apaixonante na época. Placares elásticos, gols incríveis, partidas emocionantes... Infelizmente, hoje não é a mesma coisa.

domingo, 13 de junho de 2010

Scorpion Wins


Não sei vocês, mas sempre preferi Mortal Kombat a Street Fighter, principalmente por ser mais sombrio e pelos Fatalitys no final da luta, coisa que alias eu não sabia fazer.

Não sei se no Mortal Kombat tinha uma opção que dava pra ver onde eram os golpes, Fatalitys e Friendships, se existia, nunca achei. Eu tinha uma revista que dizia os Fatalitys paro MK 2, mas não entendia aqueles códigos - F, B, F, LP - Tinha B no meu controle de SuperNes, mas não tinha F, e muito menos LP. Só mais tarde entendi que B queria dizer para baixo e que F era para frente, assim como LP queria dizer soco baixo, mas daí já era tarde por que eu já havia perdido a revista.


Entre todos os Mortais Kombats, o mais legal era o 2. O MK 1 tinha muito pouco personagens, e o MK 3 tinha o Cyrax e todos aqueles robôs chatos (o único legal era o Smoke, por que tinha fumaça ao redor dele, dando a impressão que iria pifar a qualquer momento ), além disso, o MK 3 tinha aqueles ninjas que não tinham carisma nenhum, não eram como o Scorpion e o Reptile do MK 2 (tanto que estes dois personagens foram incluídos no Ultimate Mortal Kombat 3).

Algumas pessoas preferem o Sub-Zero. Mas o ninja mais legal (e conseqüentemente o personagem) do Mortal Kombat é o Scorpion (o Reptile também era legal). Pensem: Um ninja que veio do inferno e que é uma caveira e, além disso, solta fogo pela boca e leva os outros personagens pro inferno junto com ele. O Scorpion era muito foda. O Sub-Zero era idiota, quando ele congelava alguém e jogava gelo de novo ele se congelava.

Outro personagem idiota era o Cyrox e todos os demais robôs, com exceção do Smoke (acho que já falei isso). O Cyrax se explodia no final da luta e às vezes explodia a terra Inteira! Que coisa mais idiota! Ele lutava para depois morrer! Você pode me dizer: “Ele era um robô podia estar programado pra fazer aquilo e tal”. Mas é idiota mesmo assim.

Uma Curiosidade: Vocês perceberam que os dois personagens amarelos (o Scorpion no MK2 e o Cyrox no MK3) possuem golpes que puxam os outros lutadores? Da para entender que os produtores do jogo queriam substituir o nosso amigo do inferno. Não deu certo, Scorpion é o cara e voltou do inferno para o UMK 3. O “Came Here” era muito mais legal que aquela rede do Cyrax.

E para outros fãs do Scorpion, fica aqui um Fatality:

FINISHED!
http://www.youtube.com/watch?v=fTyIKnRQdx0

domingo, 6 de junho de 2010

20 coisas que você não estava interessado em saber sobre o editor.

O Casa Laranja já tem quase nove meses de vida e acho que os leitores não conhecem direito o editor, então resolvi escrever 20 coisas que vocês não estão interessados em saber sobre este.

1- Eu adorava assistir os Ursinhos Carrinhosos, Pokémon, os Power Rangers, os Cavaleiros do Zodiaco, Caverna do Dragão e os Thunder Cats.

2- Tinha medo do Bowser do Mario Bros (eu jogava num Dynavision) e não sabia dar fatality no Mortal Kombat 3 do Super Nes.

3- Eu não sei andar de bicicleta, tocar violão, nadar e fazer a pedra quicar na água (nunca consegui).

4- Nunca briguei com alguém na escola, mas já levei uma pedrada de um primo.

5- Já fui fã da Sandy e Junior e hoje me envergonho muito disto (tenho inclusive uma foto deles, no meu álbum de fotografia de quando eu tinha uns 7 anos).

6- Tenho extrema adoração por Doritos e Pingo de Ouro sabor churrasco, e lambo os dedos depois que como estes salgadinhos.

7- Não sei quem é Justin Bieber e descobri hoje que Fiuk não é uma banda.

8- Meus jogos preferidos do Super Nes eram Urban Strike (embora eu me perdesse direto nos comando), Mario Kart (eu até comprei este jogo uma vez só que não funcionava), Top Gear 3000 (no qual eu não comprava o motor numero 6 por que o carro ficava muito rápido e eu não conseguia controlar), Chrono Trigger (no qual eu adorava mais ver meu irmão jogar do que jogar realmente) e Zelda.

9- Odeio maionese, salsichas e calabresas (vomitei no palácio farroupilha em Porto Alegre por causa de um xis calabresa).

10- Tenho medo de rãs, sapos, ornitorrincos, quero-queros, zumbis e do Marlin Manson.

11- Meu personagem preferido do Star Wars é o Chewbacca, dos Ursinhos Carinhosos era o Valente e meu Pokémon preferido era o Charizard.

12- Meus filmes preferidos que passavam na sessão da tarde eram Quero ser Grande, Os Caça-Fantasmas, Uma Cilada para Rogger Rabbit, Curtindo a vida Adoidado, Edwards Mão de Tesouras, Tubarão, De Volta para o Futuro, Indiana Jones, Coração de Dragão, Braddock, Jamaica Abaixo de Zero e Garotos Perdidos.

13- Chorei vendo Bambi, O Rei Leão, E.T. O Extraterrestre e A. I. Inteligência Artificial, e por incrível que possa parecer, já ri vendo O Exorcista.

14- Lia os livros da coleção vaga-lume, meus preferidos eram: Um Cadáver ouve Rádio, O Mistério do Cinco Estrelas e um Rosto no Computador (curiosamente todos do Marcos Rey).

15- Fiquei até tarde vendo o show do Iron Maiden no rock in rio em 2001, e já assisti as duas trilogias do Star Wars em sequência.

16- Eu não ajudei o Goku a fazer a Dinki Dama e também torcia pro coiote pegar o papa-léguas.

17- Eu sei: montar cubos mágicos, toda a letra de Faroeste Caboclo, fazer aviões de papel, jogar xadrez e RPG (quase sempre eu era o mestre, por isso nunca matei um Dragão Vermelho).

18- Tive cachorros chamados Braddok, Gamara e Ozzy e minha cafeteira se chama Darth Vader.

19- Meus escritores preferidos são: Vladimir Maiakóvski, Charles Bukowski, Marquês de Sade, Machado de Assis e Franz Kafka.

20- O nome do blog é porque a minha casa é laranja, e também por causa do filme Laranja Mecânica.

Espero que suas vidas tenham mudado depois deste post e que a força esteja com vocês!

domingo, 25 de abril de 2010

O Ensino Positivista em Ijuí

A realidade social existente hoje é herança de um processo histórico, assim, a história da educação se faz importante para o entendimento desta realidade, pois o ensino reflete na formação cultural de uma sociedade.

O ensino no Rio Grande do Sul foi caracterizado pela ideologia positivista do Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). O positivismo indicava que a educação e a moralidade eram os principais elementos de garantia a ordem social. Neste sentido, foram criadas diversas instituições de ensino pelo interior do estado, como medida de formação de cidadãos acomodados à sociedade.

A educação dos filhos dos colonos foi uma preocupação que esteve presente já no inicio da formação da colônia Ijuhy. O ensino iniciou no ano de 1893 quando o professor Roberto Roeber, imigrante de origem alemã, começou a ministrar aulas particulares nos fundos do barracão da Comissão de Terras e Colonização, localizado na Rua do Comércio, esquina com a rua Sete de Setembro. Nomesmo ano foi construída a primeira escola pública, ao lado da Igraja da Natividade, embora o ensino público só tenha iniciado em 1895, quando o mesmo professor Roberto Roeber foi aprovado como professor estadual.

Uma peculariedade do sistema educacional da época era a separação dos alunos por sexo. Esta era uma tradição européia que se manteve presente na cultura do colono-imigrante. As aulas eram ministradas por professores do mesmo sexo dos alunos. A primeira professora da Colônia Ijuhy foi Belmira Terra, que chegou aqui em 1898.

Nas comunidades do interior, a falta de professores levaa a pessoa mais instruída do meio à tarefa de ensinar. Também era comum nessas comunidades que a responsabilidade de educar recaísse em quem exercia funções religiosas.

Atenção: Neste mês de maio não havera publicações. O Casa Laranja volta em junho com mais artigos sobre a história local.

domingo, 18 de abril de 2010

Comércio na Colônia Ijuhy

Ijuí destaca-se atualmente por ser um importante centro comercial do Estado do Rio Grande do Sul. A atividade comercial se desenvolveu ao longo dos anos, ou seja, a atual conjuntura é resultado de um processo histórico. A Casa Dico merece destaque nesta história não apenas por ser a primeira casa comercial de Ijuí, mas também por sua fundação ser de fundamental importâmcia para o desenvolvimento da colônia Ijuhy.

Fundada em 1890 (mesmo ano da colônia Ijuhy), por Antônio Soares de Barros, o Coronel Dico, e seu irmão Salatiel, a casa comercial era mais propriamente um bolicho de tábuas pregadas horizontalmente, e dentro dele, um tosco balcão e algumas rudes prateleiras. Para começar o negócio, Dico e Salatiel adquiriram de Franklin Veríssimo uma pipa de cachaça, parte à vista e parte a prazo, além de outras mercadorias como sabão,açucar, etc. Dico ficou encarregado de tomar conta da venda, enquanto seu irmão Salatiel, que residia em Cruz Alta, redigia a correspondência encaminhando pedidos de mercadorias às firmas de Porto Alegre.

O desconhecimento dos idiomas estrangeiros falados pela maioria dos colonos foi um dos maiores problemas enfrentados por Dico em Ijuí, pois era uma colônia de imigrantes de diversas nacionalidades. Esta particulariedade levou a contratação do primeiro empregado do estabelecimento, o polonês Ladislau Jachowski, conhecido como "organista". Na época, os imigrantes recém chegados em Ijuhy compravam, da Comissão de Terras e Colonização, os lotes rurais e recebiam créditos necessários para compra de ferramentas de trabalho. Estes créditos eram gastos obrigatoriamente na Casa Dico, deste modo, o negócio progredia, tanto que em 1900, a firma já se instalava em uma casa de alvenaria na esquina da Rua do Comércio com a Rua Sete de Setembro.

Além de desempenhar a função de venda de produtos manufaturados, a casa comercial comprava e revendia produtos coloniais, desempenhando assim papel importante para economia da região. Em 1925, a agência Chevrolet é incorporada a Casa Dico, que mais tarde transfere sua matriz para Porto Alegre.

domingo, 11 de abril de 2010

A velha usina do rio da ponte

A energia elétrica é um fator importante para o desenvolvimento industrial e conforto da população de um município. Em Ijuí a energia começou a ser fornecida em 1917, por meio de um gerador de propriedade de Carlos Reimann, sendo usada para iluminar a cidade das 18h às 24h, além de fornecer luz para algumas casas particulares. Na época, a Intendência Municipal já tinha a intenção de fazer uma usina hidroelétrica aproveitando uma das quedas d'água do rio da Ponte (hoje Potiribu). A instalação desta usina, de caráter público, baratearia a produção industrial da região e traria um ar de modernidade à vila, além de contribuir com um salto positivo aos cofres municipais.

O projeto da hidroelétrica ficou a encargo da Sociedade Comercial e Indústrial Suíça no Brasil, de Porto Alegre, e o material necessário para a construção foi comprado da Firma Luchsinger e Cia, também de Porto Alegre. A usina começou a funcionar em 1923 atendendo 167 residências e movimentendo nove motores industriais, além de disponibilizar a iluminação pública. A alta produção de energia levou o município a vender força e luz para Santo Ângelo, através de um contrato com a firma Rosa, Bos e Cia.

O crescimento da cidade e a necessidade de maior potência para alimentar as indústrias municipais levaram o então intendente municipal, Antônio Soares de Barros, a constatar a necessidade da instalação de uma segunda turbina, que começou a funcionar em 1931. Há de se destacar também que outras formas de energia, como a hidráulica e a vapor, continuaram sendo empregadas em indústrias fora da vila. A usina sobre o rio Potiribu, conhecida como Usina Velha, é a hidroelétrica mais antiga em funcionamento no Rio Grande do Sul.

domingo, 4 de abril de 2010

A Fabricação de Bebidas

Neste mês de abril não estou tendo muito tempo para escrever. Portanto, postarei para você amigo leitor, alguns textos antigos publicados no Jornal de Manhã de Ijuí.

No desenvolvimento de Ijuí, a produção de bebidas se destaca não apenas como prática econômica, mas também como importante atividade cultural exercida pelo colono imigrante, que trouxe para nossa região as tradições e costumes de sua região de origem. Percebe-se o predomínio do colono alemão na fabricação de cerveja e do colono italiano no ramo do vinho.

No início, a produção de bebidas era um ramo artesanal, havia uma grande quantidade de pequenas fábricas de vinho e cachaça. Os colonos utilizavam a produção de bebidas junto com a atividade agrícola, como forma de complemento da economia colonial. A mão-de-obra utilizada na produção era em geral a familiar, embora alguns, que contavam com grande áreas de cultivo de cana-de-açúcar, essencial para produção da aguardente utilizassem a barata mão-de-obra cabocla.

Com o tempo, a produção passou de uma economia de artesanato rural para uma fase de economia mais industrial. Destaca-se entre as indústrias da época a Cervejaria de Ernesto Werner, produtora das cervejas Stout e Modelo, água mineral e gasosas. Em 1940 a firma contava com cerca de 20 empregados, apresentando grande rotatividade entre eles. A maior parte da mão-de-obra era empregada no engarrafamento e lavagem de garrafas, função esta que contava com um tambor movido a energia elétrica.

A década de 30 se destaca pelo surgimento da Cooperativa Ijuiense dos Produtores de Álcool e do consórcio profissional-cooperativa (vitivinícola). A criação destas associações de agricultores e produtores mostra o interesse destes em se organizar contra a concorrência dos produtos externos.

domingo, 28 de março de 2010

Menores de Rua


No jornal Boca de Rua existe uma sessão dedicada aos menores de rua: O Boquinha. Nela crianças e adolescentes mostram como vêem a vida. Em uma de sua páginas, é apresentada na edição do primeiro trimestre os desejos destas crianças e adolecentes para o ano de 2010...

"A sabedoria dos vendedores para conseguir administrar a família e para que todos sejam mais felizes." (William)

"Uma casa bem bonita pra receber o menino que cresce no meu ventre e para eu não correr o risco de perambular pelos abrigos de gente que não tem onde morar." (Marcela)

"Que a mãe fique rica". (Lidiane)

"Mais inteligência para ter uma vida melhor." (Mikaela)

"Todo o mundo ficar rico e que o Luciano não use mais óculos. (Kauany)

"Passar de ano." (Kaliny, Natana, Alifer e Tiele)

"Ganhar uma bicicleta." (Stefany e Kauany)

"Engordar um pouquinho e ter casa bem bonita pra mãe ficar mais feliz e bonita, e quem sabe até mais gorda" (Vitória)

"Que a miséria vá embora do Brasil e um relógio bem 10!" (Bruno)

domingo, 21 de março de 2010

Direito de Ter Direitos part.2

As grades na praça impedem a circulação dos moradores de rua.

Continuamos acompanhando o que diz a Declaração dos Direitos Humanos e o seu não comprimento com os depoimentos dos moradores de rua de Porto Alegre.


Artigo 5: Ninguém será subetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo 9: Ninguém será arbitrariamente presso, detido ou exilado. Artigo 11: Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente.

Depoimento: Isso acontceu quando eu estava morando no pôr-do-sol. Um amigo meu saiu correndo da policia, por medo e hábito. Eu estava junto com ele, e a polícia me espancou. A polícia estava procurando armas, drogas... Ameaçaram até me afogar, fingiram que iam atirar, fizeram de tudo. Quanto mais a gente negava, mais nos acusavam.

Também já fui detido por nada. Tinha acontecido uns assaltos perto de onde eu estava. A polícia queria alguém pra pôr a culpa, pra poder dizer pro patrão que fez o serviço, e veio pra cima de mim.
Esses abusos acontecem todos os dias. O morador de rua é detido e humilhado no ato, pouco importa se é inocente. A pessoa pode ser detida simplesmente por estar mal-vestida, principalmente os negros e os profissionais do sexo. E muitas vezes é a própria vizinhança que fica cuidando e acusando este 'crime'.

O cachorro pode pode passar, mas o pobre não. E a sociedade endossa isso. Se sente incomodada com a presença do morador de rua ou de vila nos espaços centrais da cidade. Até se tu estiver sentado na praça, fazendo um lanche, vão dizer que tu está sujando o patrimônio. Quanto tempo uma pessoa pode ficar parada no mesmo lugar sem ser acusada de 'vadiagem', de 'mendigagem'?


Artigo 13: Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção dentro das fronteiras de cada estado.

Depoimento:
Quando eu fui pra Caxias procurar trabalho, me mandaram voltar. É uma cidade limpa, bonita, mas não me deixaram ficar. Fui atrás de emprego, não tinha nada comigo. No albergu, disseram que eu só podia ficar uma noite. De lá, mandaram eu passar na brigada pra pegar um papel de 'autorização'. E a Brigada me mandou embora da cidade. O direito de ir e vir não foi cumprido.

Realidade: O direito de ir e vir é ameaçado pelo projeto Adote uma Praça, no qual uma empresa ou entidade privada revitaliza o local e frequentemente nega acesso ao morador de rua, ou ao morador de vila e de outras comunidades. (...) Isso acaba restringindo muito o direito á liberdade de locomoção. (...) Até o banho, que muitos espaços (parques e praças) oferecem, acaba sendo impedido.

domingo, 14 de março de 2010

Direito de Ter Direitos part.1


A realidade contradiz o que determina a Declaração Universal dos Direitos Humanos. É isso o que vemos no depoimento de moradores de rua de Porto Alegre.

Artigo 25: Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem-estar, inclusive (...) cuidados médicos.

Depoimento: Eu estava muito mal, nenhum alimento parava em meu estômago. Até eu ser atendida, levou três dias. Fui menosprezada pelos médicos por ser moradora de rua. No Grupo Hospitalar conceição, me deixaram por último. As enfermeiras não me ouviam, e nenhuma delas me ajudou. Não resolveram meu problema, porque o médico disse que não precissava baixar hospital.

No Vila Nova eu fiquei por oito dias, o que me aliviou um pouco. O problema é que eles não têm remédio pra distribuir. O SUS está esquecido, ao menos para os moradores de rua. (...) às vezes, tu precisa fazer o 'teste' do remédio. Se um remédio não dá certo, tem que voltar ao posto de saúde e pegar outro diferente. A gente fica de cobaia da própria doença.

Realidade: Os problemas do direito à saúde podem ser resumidos assim: primeiro, há dificuldade de acesso. Os postos de saúde não atendem pessoas sujas e mal-vestidas. Acham que não são cidadãos, que cidadão é só aqule que anda em shopping. Segundo, falta infraestrutura para dar continuidade ao tratamento.

Artigo 6: Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecimento como pessoa perante a lei.

Realidade: As pessoas não querem ver o morador de rua. Preferem esconder, para não admitir uma parcela de culpa. Esse direto engloba o direito à visibilidade. As pessoas gostariam de não ver e não se sintir parte disso. O morador de rua mostra, com sua presença, que algo deve ser feito. E isso incomoda. As pessoas te correm por que não querem te ver parado.

Artigo 17: Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros; ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

Realidade: A guarda Municipal de vez em quando leva nossos documentos e colchões, e isso é um abuso de autoridade. As coisas levadas ficam em depósitos. Eles levam tudo, até remédios, dinheiro e pertences pessoais.

Depoimento: Uma vez estávamos dormindo lá na sopa, bem cedo, quando chegou a Guarda Municipal, acompanhada pela SMAM - Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Eles foram acordando, agredindo, jogando água. Pediram pra levantar e deixar tudo nossas coisas ali. Não era pra levar nad, porque eles iam 'limpar'. Levaram tudo.

domingo, 7 de março de 2010

Boca de Rua


"Em Porto Alegre, a dignidade é negada aos sem-tetos, inclusive nos espaços de acolhimento, o que pode ser constatado diante dos inúmeros processos de denúncia envolvendo abrigos, albergues e casas de convivência. As pessoas esquecem que todos nascem livres e iguais e dão pouca atenção para quem é menor de verba."

Do dia 26 a 28 de Janeiro, participei em Porto Alegre da 10a edição do Fórum Social Mundial. Com o objetivo de refletir sobre os problemas do mundo atual e as formas existentes de superá-los, o fórum se mostrou aos meus olhos, como desorganizado e pouco produtivo. Não vejo como solução ao capitalismo tocar tambor no sol do meio dia, ou dançar ao lado de uma fogueira xamânica ao entardecer.

Os participante do fórum eram em geral intelectuais da classe média e alta, hippies de carro importado ou universitários das ciências humanas. Onde estavam os representantes das camadas mais pobres da sociedade, como os moradores de rua? Como o fórum vai conseguir seus objetivos sem a participação dos que mais sofrem com as mazelas do mundo atual? Será que estes não tem nada há contribuir para a reflexão dos problemas da atualidade? Por isso, neste mês de Março vou apresentar para você amigo leitor, um projeto vinculado a Ong. ALICE. O Boca de Rua.

O Boca de rua é um jornal produzido por moradores de rua de Porto Alegre. Sendo estes os responsáveis pela criação das pautas das matérias, fotografias, entrevistas, textos e venda. Achei o projeto uma importante ferramenta de comunicação deste grupos, para com o resto da sociedade. Também funciona como uma fonte alternativa de renda destes moradores de rua, pois a receita obtida com exemplares vendidos é revertida para os integrantes do grupo. Postarei algumas meterias que se encontram na edição número 35 do jornal. Acompanhem.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Cabana


Era um noite quente do verão de 2010. Em uma cabana de campo, se encontravam cinco jovens. Estavam ali a cerca de 3 dias e 3 noites. A cabana era o único abrigo neste período, o porto seguro. Mas o perigo ronda por onde menos se espera.

Os jovens naquela noite se divertiam bebendo cerveja e tocando viola, acompanhados pelo som dos grilos. Quando o relógio bateu 10 h, dois deles desceram as escadas da cabana para fazer o jantar. Os outros três continuaram cantando e bebendo até algo acontecer...

Se você não quiser continuar amigo leitor, eu o entendo, pode parar por aqui e não terá pesadelos a noite. A mim, só resta continuar a história. O medo me diz para parar, mas a obrigação me faz prosseguir. Mas você leitor amigo, não tem a obrigação de continuar... Esta ai ainda? Você foi avisado leitor, não me culpe por uma noite mal dormida.

Um de nossos simples jovens é possuído por algo parecido com Jack Torrance de "O iluminado". Um ser violento e perigoso. Podemos ver isso no depoimento de um dos jovens:

"Estava na cozinha, na parte de baixo da cabana, quando um dos amigos desceu do quarto e disse em tom de pavor: "Ele esta louco!" Derepente ele surgiu, com cabelos nos olhos e um sorriso no rosto. Começou a jogar coisas. Fiquei com medo. Subi as escadas e deitei na minha cama. Fiquei ali, tremendo meu queixo em silêncio."

Outro jovem declarou:

"O banheiro parecia o lugar mais seguro do mundo naqueles instantes, lá estava eu, colocando o peso do meu corpo contra a porta enquanto tentava ouvir algum barulho...silêncio total na cabana. Dormiu, pensei. E com cautela, suave, comecei a abrir a porta. (música do Psicose) Ele estava diante de mim, sentado na mesa, mergulhado em um silêncio sepulcral com as medeixas caindo sobre a face. "Oi" ele disse. "ô" respondi, e subi correndo as escadas da cabana."

Os quatro jovens se encontravam agora no quarto. Em suas camas, em silêncio. Barulho nas escadas, ele estava subindo. Ninguém olhou para ele com medo de chamar sua atenção. Ele foi até sua cama, e ali se sentou. Ficaram assim por grande parte da noite. O medo impregnou o quarto até o sono o vencer...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

No Meio do Caminho

"No meio do caminho tinha um poste
tinha um poste no meio do caminho
tinha um poste
no meio do caminho tinha um poste.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha um poste
tinha um poste no meio do caminho
no meio do caminho tinha um poste."
Parodiando Carlos Drummond de Andrade, apenas substituindo a sua pedra por um poste, o poema "No Meio do Caminho" serve como ótima introdução para a estória que contarei a você amigo leitor.

Era 6 de Janeiro de 2010. Após uma viagem até as Ruínas de São Miguel com a turma da história, eu não esperava pelo o que a noite me reservaria. No ônibus, voltando para Ijuí City, algumas cervejas, comércio de produtos eróticos... Tudo caminhando normalmente do que se espera de uma viagem de estudos de uma turma de história. Na terra da colmeia, duas garrafas de martinis e então o fatídico episódio...

Pela avenida 14 de Julho (direção centro / fidene), de carona no Passat de um tutor anarquista, a sede do Partido dos Trabalhadores (situação em Ijuí junto com PDT), quase sofre um atentado, digo quase porque, parodiando Drummond como acima, "no meio do caminho tinha um poste" (reparem amigo leitor que a sede do PT se encontrava do outro lado da rua).

Eu com "minhas retinas fadigadas" me encontrava dormindo no banco do carona, com a batida me acordei, olhei para o lado, e vi com uma expressão calma o tutor dizer: "Bati o carro." Então fui embora a pé.

Só nos resta uma dúvida: Terrorismo ou acidente? E a certeza de que nunca mais pego carona com ele e de que a sede do Partido dos Trabalhadores se salvou porque no meio do caminho tinha um poste. Tinha um poste no meio do caminho...

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Absurdo!

Como dizia Vinicius de Morais: "Se o cachorro é o melhor amigo do homem, então o whisky é o cachorro engarrafado."

Em Ijuí, existe uma casa noturna chamada Absoluto. O nome é bem apropriado, pois se trata da principal casa noturna da cidade, e seus donos possuem o monopólio do ramo. Por causa disto e de outras coisas, é que esta casa recebeu o apelido bem sugestivo de Absurdo... Certa noite, após a tradicional Vodka do Sábado, um cartaz na frente deste local me chamou a atenção: "Dose dupla de whisky até a meia noite." Como ainda era 11h, eu e meus amigos resolvemos entrar no antro. Pedimos informação na porta para saber se realmente era dose dupla. A confirmação nos deixou animados. Depois de pagar uma pequena fortuna para entrar, fomos direto para a copa, a pensando em nos esbaldar em um Red Label. Qual não foi nossas surpresa quando o tio da copa falou que a dose dupla na verdade significava garrafa dupla, ou seja, na compra de uma garrafa de whisky pela misera quantia de 70 pratas você levava outra. A dose, dose mesmo de 50 ml não era dupla. Fiquei puto! Como assim! No cartaz dizia dose dupla e não garrafa dupla porra! Reclamei com o cara da copa, mas o que ele poderia fazer? É apenas um subordinado, um sujeito que tem que vender sua força de trabalho, enfim, um proletário. Por isso, fui direto ao ponto. Fui falar com o patrão.
Acho que ninguém sabe, mas um velhote que fica sentado todo tempo em um canto, com roupa preta, olhar lúgubre, não é um dos seguranças da casa, mas sim, o dono, mais precisamente o pai do dono. Primeiramente tive a cara de pau de perguntar a ele se já que a garrafa representava a dose que o cartaz dizia ser dupla, o valor da garrafa era 8 reais (preço da dose de 50 ml), e ainda por cima era dupla, ou seja, 2 garrafas de whisky por 8 pratas. Depois fui bem claro com ele, a casa estava fazendo propaganda enganosa e teria que entrar contra ela no PROCON. A resposta dele? "Vai se nois contra sês!" Quem será que ganharia? A resposta é óbvia: Eles. Neste país, quem tiver os melhores advogados, ou seja, quem tiver mais dinheiro manda, pode fazer o que quiser e esta sempre com a razão. infelizmente é assim. Mas para não se incomodar com um chato querendo beber whisky, o velho taciturno liberou a dose dupla para nós até a meia noite.

Enfim, além de pagar um preço exorbitante para entrar, tem que mendigar uma dose dupla de whisky... Estes são os absurdos de uma noite no absurdo.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Hermanos

No final do mês de Dezembro o Centro Académico de História da Unijuí (Cahis), realizou uma viagem para ruínas de San Ignácio Miní na Argentina, declarada pela Unesco património mundial da humanidade, e para Posadas, capital da província Argentina de Missiones. A viagem ocorreu graças a competente diretoria do Cahis da Unijuí. Pessoal, estamos de parabéns...
Mas Como foi a viagem? Primeiramente quero que o leitor saiba que eu era um dos organizadores. Iríamos sair de Ijuí as 4h do dia 19 de Dezembro, mas para mim a viagem começou antes, precisamente as 19h do dia 18, em uma mesa de bar.
No ônibus, mais cerveja; pela manhã, uma sinuca ao sol em Porto Xavier, esperando abrir a barca para atravessar o rio Uruguai.
Em San Ignácio, visitamos as maravilhosas ruínas; em Posadas, procura por um bar, depois de visitar o inferno que é o mercado público, com seu emaranhados de corredores labirinticos e calor insuportável com castelhanas gostosinhas falando "que buscas?".
A procura de um bar em Posadas foi um verdadeiro martírio. Em um bar a cerveja era cara demais, outro estava cheio, em um não nos deixaram entrar... Procuramos até que um castelhano percebendo que éramos brasileiros e estávamos desesperador por uma gelada, nos deu carrona e levou-nos até um boteco.
No Botequim, conversou um pouco conosco dizendo que já havia viajado para o Egito, tinha trabalhado na ONU, na KGB, NASA e diabo a quatro; não sei se era verdade, mas quem provar que ele estava mentindo eu tiro meu chapéu.
Além de beber, fizemos mais um amigo no botequim argentino. Conversamos com ele, embora não entendíamos uma palavra do que ele estava dizendo, não por não falarmos castelhano, mas sim pelo alto estagio etílico de nosso hermano.
Enfim, a Argentina pra mim é isso... Stelas, Brahmas, Quilmes...

Nuestro Hermano Castelhano.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Fim das Férias

A Casa Laranja esta novamente aberta e com novidades neste mês de Fevereiro. Pretendo contar as estórias do período de férias. Entre estas estão amizades com castelhanos, uma discussão por whisky, um acidente de carro, um psicopata em uma cabana e o Fórum Social Mundial.