domingo, 4 de abril de 2010

A Fabricação de Bebidas

Neste mês de abril não estou tendo muito tempo para escrever. Portanto, postarei para você amigo leitor, alguns textos antigos publicados no Jornal de Manhã de Ijuí.

No desenvolvimento de Ijuí, a produção de bebidas se destaca não apenas como prática econômica, mas também como importante atividade cultural exercida pelo colono imigrante, que trouxe para nossa região as tradições e costumes de sua região de origem. Percebe-se o predomínio do colono alemão na fabricação de cerveja e do colono italiano no ramo do vinho.

No início, a produção de bebidas era um ramo artesanal, havia uma grande quantidade de pequenas fábricas de vinho e cachaça. Os colonos utilizavam a produção de bebidas junto com a atividade agrícola, como forma de complemento da economia colonial. A mão-de-obra utilizada na produção era em geral a familiar, embora alguns, que contavam com grande áreas de cultivo de cana-de-açúcar, essencial para produção da aguardente utilizassem a barata mão-de-obra cabocla.

Com o tempo, a produção passou de uma economia de artesanato rural para uma fase de economia mais industrial. Destaca-se entre as indústrias da época a Cervejaria de Ernesto Werner, produtora das cervejas Stout e Modelo, água mineral e gasosas. Em 1940 a firma contava com cerca de 20 empregados, apresentando grande rotatividade entre eles. A maior parte da mão-de-obra era empregada no engarrafamento e lavagem de garrafas, função esta que contava com um tambor movido a energia elétrica.

A década de 30 se destaca pelo surgimento da Cooperativa Ijuiense dos Produtores de Álcool e do consórcio profissional-cooperativa (vitivinícola). A criação destas associações de agricultores e produtores mostra o interesse destes em se organizar contra a concorrência dos produtos externos.

Um comentário:

  1. Achei interessante. A bebida tem um papel importante dentro dos processos de sociolização. Claro, que não estou falando dos excessos que levam a morte mas, de toda uma tradição que há em torno da bebida. Muito bom o texto

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