domingo, 11 de abril de 2010

A velha usina do rio da ponte

A energia elétrica é um fator importante para o desenvolvimento industrial e conforto da população de um município. Em Ijuí a energia começou a ser fornecida em 1917, por meio de um gerador de propriedade de Carlos Reimann, sendo usada para iluminar a cidade das 18h às 24h, além de fornecer luz para algumas casas particulares. Na época, a Intendência Municipal já tinha a intenção de fazer uma usina hidroelétrica aproveitando uma das quedas d'água do rio da Ponte (hoje Potiribu). A instalação desta usina, de caráter público, baratearia a produção industrial da região e traria um ar de modernidade à vila, além de contribuir com um salto positivo aos cofres municipais.

O projeto da hidroelétrica ficou a encargo da Sociedade Comercial e Indústrial Suíça no Brasil, de Porto Alegre, e o material necessário para a construção foi comprado da Firma Luchsinger e Cia, também de Porto Alegre. A usina começou a funcionar em 1923 atendendo 167 residências e movimentendo nove motores industriais, além de disponibilizar a iluminação pública. A alta produção de energia levou o município a vender força e luz para Santo Ângelo, através de um contrato com a firma Rosa, Bos e Cia.

O crescimento da cidade e a necessidade de maior potência para alimentar as indústrias municipais levaram o então intendente municipal, Antônio Soares de Barros, a constatar a necessidade da instalação de uma segunda turbina, que começou a funcionar em 1931. Há de se destacar também que outras formas de energia, como a hidráulica e a vapor, continuaram sendo empregadas em indústrias fora da vila. A usina sobre o rio Potiribu, conhecida como Usina Velha, é a hidroelétrica mais antiga em funcionamento no Rio Grande do Sul.

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